sábado, 12 de agosto de 2017

Nosso tempo

A vida é feita de finais e recomeços. Alguns finais são necessários para que outros inícios aconteçam. Tudo são ciclos e nós nunca sabemos exatamente quando um se encerra e outro recomeça.
Nós nunca sabemos, por exemplo, quando será a última vez.
Quando será o último beijo. 
O último abraço.
O último olhar.
O último encontro ou a última viagem.
Nunca sabemos quando será a última oportunidade de dizer a alguém o quanto ela é especial ou o quanto a amamos.
Não sabemos, ainda, quando vamos ouvir de alguém, pela última vez, o quanto somos especiais para ela também.
Nem mesmo sabemos quando será a última briga. 
A última discussão. 
O último jogo. 
A última vitória ou a última derrota. 
O último sorriso e a última lágrima.
A única coisa que sabemos é que tudo tem um fim. Seja um momento bom, um momento ruim, ou até mesmo a própria vida.
Sim. Sabemos que a vida tem um fim, mesmo assim, nunca sabemos quando, exatamente, vamos partir. Mas sabemos que um dia vai ser o nosso último.
O irônico é que, mesmo sabendo disso, não nos preparamos nem para partir e nem para a partida daqueles que amamos, que são importantes para nós.
Quantas promessas não cumpridas. 
Quantos planos não executados. 
Quantos sonhos não realizados. 
Quantas oportunidades desperdiçadas.
Quantas coisas ainda a fazer. A dizer.
Quanto tempo perdido!
Por não sabermos a exatidão do fim, vamos protelando, postergando nossas prioridades. Esperando sempre ter tempo em breve.
Reza a sabedoria popular, que não devemos "deixar para amanhã o que pode ser feito hoje". No entanto, sempre esperamos que "amanhã" seja um dia mais tranquilo, que teremos mais tempo. E se o amanhã não chegar?
A vida não vem com um manual de instruções, muito menos com um cronômetro, marcando quanto tempo ainda temos.
Hoje é o dia de sermos felizes, de vivermos a vida em toda sua intensidade. Esse tempo é agora. Essa tarefa é urgente!


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