Já ouvi as mais diversas interpretações para a morte, das mais diferentes religiões, culturas e épocas, mas nenhuma é tão poética quanto esta que acalenta o imaginário infantil: quando eu era criança, minha mãe me fez acreditar que minha irmã que havia morrido era uma estrela que olhava pra mim todas as noites; a mais brilhante do céu, por sinal...
Alguns acham errado. Dizem, com propriedade de especialistas, que a criança deve entrar o mais rápido possível na pragmática realidade do adulto, pois a vida não é feita de ilusões.Eu sempre achei que o ideal seria o inverso.
Nós, adultos frios e insensíveis, deveríamos aprender com a bela imaginação infantil, pois, se na prática a vida não mudará, ficará bem mais bonita se for traduzida por eufemismos.
Até hoje a estrela-irmã olha pra mim, não permitindo que eu caia definitivamente na frieza da vida adulta!!!
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