
Como se uma névoa, ou brumas envolvessem o Planeta.
O sol, ao sair, deixou o tradicional amarelo-avermelhado para dar lugar ao cinza.
A lua, outrora cheia e reluzente, hoje apareceu envolta em nuvens.
Pela primeira vez, ao debruçar-me na janela, não tive vontade de conversar com as estrelas, como sempre fazia.
De repente vejo minha vida passar como uma novela fictícia... com diferentes contos, juntados em um único livro.
Passeando em minha mente, transitavam diverentes vidas, vividas em um mesmo contexto: EU.
E todas as vidas se unem em um mesmo ponto!!!
Deito para dormir, mas só consigo pensar em pessoas que já não estão mais entre nós.
Penso nas esposas dos dois colegas que perderam a vida no mesmo acidente (ontem) - mas eu nem conhecia essas mulheres.
Fico pensando como seria minha vida, se eu tivesse minha irmã mais velha. Será que eu teria a mais nova?
Por quê eu penso tanto em minha bisavó, se eu era muito criança quando ela se foi? E eu sequer lembro o dia da morte dela.
Assim, segue a lista: Dona Mercedes, Seu Herbert, minha avó paterna, Patrick...
Cada pessoa surge com uma cor: Azul, Verde, Amarelo, Rosa, Branco... que vai escurecendo e se tornando Cinza...
A vida perdeu o sentido? Ou o sentido da vida está justamente na morte?
O que é esse mistério que até hoje muitos têm medo?
Quando eu pular o muro pro lado de lá, alguém vai lembrar de mim da mesma forma que eu lembro dessas pessoas?
Não as ouço... não as vejo... e nem falo com elas... mas vejo as cores... sinto... e penso!!!
Como fantasmas que vagueiam por casarões mal-assombrados em filmes, esses pensamentos assombram as minhas noites.
Ainda não entendo como, com tanta coisa boa acontecendo, eu só consigo ver o mundo cinza... deve ser a tal poluição (prefiro acreditar nisso).
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