
Destas, com quantas você de fato conversou?
E de quantas você tirou alguma conclusão, positiva ou negativa?
Compartilho um pouco do pensamento de um dos grandes filósofos romanos do início da Era Cristã: Epicteto.
Epicteto, que viveu entre os anos 55 e 135, nasceu escravo e se tornou um dos grandes filósofos de Roma. Foi expulso da cidade no ano 94, junto com os outros filósofos, e criou - no exílio - uma maneira de ensinar a seus discípulos.
Segundo ele, duas coisas podem acontecer quando nos encontramos com alguém: ou nos tornamos amigos, ou tentamos convencer essa pessoa a aceitar as nossas convicções. O mesmo acontece com a brasa quando encontra um outro pedaço de carvão: ou compartilha seu fogo com ele, ou é sufocada por seu tamanho, e acaba se extiguindo.
Como, em geral, ficamos inseguros num primeiro contato, tentamos a indiferença, a arrogância ou a humildade excessiva. O resultado é que deixamos de ser quem somos, e as coisas passam a se dirigir para um estranho mundo que não nos pertence.
Para evitar que isso aconteça, permita que seus bons sentimentos sejam logo notados. A arrogância muitas vezes é uma máscara banal da covardia, mas termina impedindo que coisas importantes floresçam em sua vida... (Do Livro Histórias para pais, filhos e netos).
1) Quem eu sou;
2) Quem eu penso que sou;
3) Quem a outra pessoa pensa que eu sou;
4) Quem a outra pessoa é;
5) Quem a outra pessoa pensa que é;
6) Quem eu penso que a outra pessoa é.
Esses encontros são inevitáveis. Constantemente nos "encontramos" com alguém. Como citei no começo desse texto, eu particularmente não faço a menor ideia de quantas pessoas de fato eu encontrei hoje... Com quantas de fato eu conversei e de quantas eu tirei alguma conclusão... me arrependi de não ter contado, pois foi um dia de encontros: fila imensa no banco, mais uma fila (menor) na imobiliária, ônibus lotado, algumas pessoas no estúdio (nem fui para a universidade)...
Ahh... como eu queria que Epicteto vivesse nos dias atuais, entre a correria, os encontros e desencontros, entre a liberdade (ainda que parcial) de pensamento e expressão, entre tantos outros avanços e retrocessos da humanidade.
Certamente seria uma experiência interessante para ele. No entanto, apesar de quase dois mil anos nos separarem dele, sua teoria sobre os encontros continua válida.
Ao nos encontrarmos com outra pessoa, ou nos tornamos amigos (nos adaptamos), ou tentamos "adaptar" a outra pessoa ao nosso estilo: nosso modo de pensar, nossas convicções, nossas ideias...
O tempo pode passar... mas a lei da natureza permanece. Enquanto houver ser humano, e este se encontrar com outro, Epicteto terá razão!!

Um comentário:
ahhh esses olhoss..
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