
Essa modinha de falar sobre sexualidade já me cansou.
Com a conquista do direito à união estável por parte dos homossexuais brasileiros, o debate ganhou força em todo o País. Líderes religiosos, parlamentares, magistrados, cidadãos civis, enfim, parece que todos têm a necessidade de manifestar a sua opinião e o Brasil passa a discutir o que os brasileiros fazem na cama [ou em qualquer outro lugar que se possa transar].
Ora, não tem nada mais útil pra se discutir nesse País?
Líderes religiosos não têm o dever de pregar o amor ao próximo? Qual a razão bíblica que os leva a fomentar o ódio e liderar protestos públicos?
Parlamentares não têm ... [é, pula essa parte, eles não têm nada mesmo a fazer]...
Magistrados não têm um sistema moroso e lento para tentar dar conta? Com tantos processos engavetados, poderiam estar trabalhando ao invés de se preocupar com quem ou como o brasileiro faz sexo?
E os cidadãos comum não têm vida para cuidar não? Tipo, trabalhar, cuidar da família...
Ninguém pode provar o que faz na sua intimidade. Palavras por si só nunca me convenceram.
Posso dizer que sou uma coisa, defender com veemência um discurso e fazer o contrário...
Enfim...
Respeito todas as opiniões, mas dentro de certo limite suportável.
Respeito todas as opiniões, mas dentro de certo limite suportável.
Essa discussão já rendeu mais do que deveria. O STF já julgou, já decidiu.
Em Vento no Litoral, o grande Renato Russo dizia "o que posso fazer é cuidar de mim"...
Ahhh ...!! Que sonho se todos pudessem cuidar de si. Se todos conseguissem cuidar das suas próprias vidas antes de sentir essa necessidade em opinar sobre a vida alheia.
Não sei quantas vezes já falei que ando ocupado demais com a minha vida pra ficar cuidando da vida dos outros. Infelizmente, parece que a vida dos outros sempre inspira cuidados e preocupações [sempre excessivos, claro].

Nunca vou esquecer a imagem dos meus pais na sala de casa me olhando com reprovação por estar fumando na sacada. Quando perguntei o que eles mudariam em mim se pudessem mudar APENAS UMA COISA, a resposta foi o cigarro. As palavras de ambos ainda ecoam em minha mente:
- O que você faz na cama ou quem você leva pra ela, não é da nossa conta. Não nos preocupa. É a sua vida. Agora, o cigarro faz mal para a sua saúde e, isso sim, nos preocupa e nos diz respeito!
Guardei essas palavras como lição pra mim mesmo.
Enjoado desse discurso homofóbico x heterofóbico, recorro às palavras de meus pais: o que você faz, ou quem você leva pra cama não é problema meu. Eu jurava que tinha uma família tradicional, mas se mostraram bem mais moderninhos do que eu poderia imaginar.
É por isso que amo minha família. Como sempre, me ensinando grandes lições.
Acho que vou emprestar meus pais pra grande maioria da população [e algumas autoridades também]. Quem sabe assim o povo aprende a respeitar opinião alheia, sem se importar com coisas tão fúteis.
4 comentários:
Genial Mike
Quero ter pais como os teus
Abração
rique
Cara, você é maravilhoooooso! Seus textos sempre conseguem ter razão!
Sabe, eu uso duas regrinhas básicas de sobrevivência, que me ajudam muito a não falar/agir de forma erronea, ou ao menos tentar não fazê-lo kkkk
NÃO FAÇoA COM O OUTRO O QUE NÃO QUERO QUE FAÇAM COMIGO e ME COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO
Se todos fizessem isso, antes de atirarem uma pedra pensariam três vezes, pq essa pedra pode e VAI voltar. Quando eles vão perceber isso? ^^
Parabéns pelo texto, garotão!
Gostei da atitude dos seus pais, Maique e amei o texto também.
Quem me dera um mundo onde as pessoas cuidassem mais de si do que cuidam da vida alheia.
Ahhh se todos soubessem viver a própria vida
Vlw Henrique 1, Henrique 2 e lanzinho rsrs
Meus pais são geniais mesmo!!
Por isso eu os amo tanto
rsrs
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