
Para minha alegria, a tal caixinha chegou hoje [23/02]. Minha alegria [dá pra definir assim?] maior foi ver o "presente" que meu pai mandou: uma cebola.
Sim, meu pai pagou uma postagem no correio para me mandar uma cebola e uma garrafa de tequila. Depois perguntam qual o motivo de eu não ser tão "normal".
Fato é que a tal cebola, que ainda está sobre a minha cama, me fez dar muitas risadas.
Por incrível que pareça, a maldita [ou bendita] cebola - presente tão estimado do meu pai - me acendeu boas lembranças.
Primeiro ponto positivo: meu pai tirou tempo para me trollar, fazer piada e me sacanear. Ok, vou entender como uma demonstração de carinho do velho, já que nunca falei que estava com vontade de comer cebola e que em Palmas não havia cebolas.

Já disse que não pretendo ser entendido... mas o meu presente [essa mesma cebola] me deixou com saudade do inverno de Santa Catarina [que diabos uma cebola me faz lembrar inverno em SC????]
Lembrei de quando meu pai e eu jogávamos bola no gramado em frente à garagem na "casa velha", a primeira das 11 que já morei. Tudo bem que nossas partidas sempre acabavam em briga: ou ele chutava muito forte e não valia ou eu anulava os gols dele. Ou, mesmo eu chutando pra fora, ou acertando o cachorro com uma bolada [tanto o Rex, quanto o Toby ou a Fifi], valia gol pra mim. Simples assim.
Depois lembrei de quando ele começou a me ensinar a dirigir... eu tinha meus 11 ou 12 anos... Quanta guerra. Naquela época eu não entendia direito o que era chegar em casa cansado e sem paciência pra ensinar um pirralho.
Os jogos e as conquistas do Grêmio tão comemoradas na década de 90, antes de eu sair de casa.
Enfim.. se eu escrever tudo o que lembrei esse texto não termina tão cedo.
Fato é que meu pai nunca foi um poço de paciência - isso é ainda mais evidente quando o Grêmio perde.
Por ironia do destino, o Grêmio ganhou um GRE-nada NAL ontem. Ao olhar a cebola, imediatamente imaginei a euforia e a manhã alegre que ele deve ter tido hoje [para sorte da minha mãe].
Quem diria que uma simples cebola, ou uma trollagem do meu pai despertaria tantos sentimentos e lembranças em mim.
Quando a gente mora longe, essas coisas pequenas e aparentemente insignificantes [pra não dizer bizarras] se tornam significativas e mostram que os laços de carinho [que são infinitamente maiores que qualquer laço de sangue, embora nesse caso haja os dois] jamais serão rompidos. O bom humor no gesto do meu pai mostra que continuamos com nossas brincadeiras de paizão e filhinho mimado, independente da idade ou da distância geográfica. Me senti em casa de novo!!
Quando a gente mora longe, essas coisas pequenas e aparentemente insignificantes [pra não dizer bizarras] se tornam significativas e mostram que os laços de carinho [que são infinitamente maiores que qualquer laço de sangue, embora nesse caso haja os dois] jamais serão rompidos. O bom humor no gesto do meu pai mostra que continuamos com nossas brincadeiras de paizão e filhinho mimado, independente da idade ou da distância geográfica. Me senti em casa de novo!!
Meu pai e eu nunca fomos muito de demonstrar afeto. Na verdade nunca soubemos fazer isso. Mesmo quando eu voltava de viagem depois de alguns meses longe, nossa saudação era um aperto de mãos e uns tapinhas nos ombros, um pouco diferentes dos abraços de meia hora da minha mãe.
Tudo bem que parte disso é culpa minha, por ser frio - mas não insensível.
Enfim... trollagem feita [e muito bem feita pelo velho]. Só resta dizer:
- PAI, adorei a cebola!! Obrigado por tudo, principalmente por você ser meu pai - em qualquer situação.
- MÃE, também adorei o "recheio" da caixinha [só pra você não ficar com ciúmes hehe]. Mas que a cebola do pai merece um destaque maior, isso merece e eu sei que você entende.
AMO VOCÊS!!!
[alguém aí descasca uma cebola pra mim? Quem fizer essa salada até ganha uma dose de tequila]
5 comentários:
Trollagem em altíssimo nível do velho. Não tem preço!! ahsuahsuahsua
caraca adorei a historia da cebola, mas principalmente o que ela siginficou p vc amigo.....bjs saudades.
esse pai sabe mandar o recado hein? devia ser publicitario.
M.M.
Meu deus morri de chorar aqui ... linda história!
Eh... tenho que admitir que nessa o velho mandou super bem!!! hehehe
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