quinta-feira, 16 de abril de 2015

Anoitecer

Quando o dia termina e o sol começa a se pôr, o horizonte vai ficando cinza. A claridade começa a desaparecer. Sombras se fazem mais intensas. Até que, finalmente, escurece. O sol se põe e a lua começa a ganhar o céu. Enfim, anoitece!
A noite costuma ser mais fria que o dia... Ela traz mistérios, medos, incertezas. Crianças não brincam mais na rua, felizes. É hora de descansar. A noite pode ser perigosa!
Parece que o coração segue esse mesmo trajeto...
Chega um momento em que a luz começa a dar lugar à escuridão.
Talvez eu esteja nesse momento sombrio.
Talvez tenha anoitecido em meu coração!
É hora de acender as luzes artificiais, já que a luz natural parece estar se pondo.
Atingi o limite do meu tédio e, a partir de agora, tudo parece ser um exercício de paciência. E um exercício difícil. 
Hoje, no auge do tédio, desativei minha conta no Facebook. E não foi por impulso. Depois de passar alguns minutos analisando as publicações (minhas e dos meus contatos na rede), percebi o quão fútil nos tornamos - e sim, me incluo nessa situação. Nunca usei redes sociais de forma profissional ou com a intenção de publicar algo sobre trabalho ou faculdade. Muito pelo contrário, sempre levei de forma bem humorada, como uma terapia ocupacional, apenas publicando bobeiras. Era minha página pessoal, não precisava ter nada referente ao meu trabalho mesmo. Mas, qual o sentido de outras pessoas saberem o que eu estaria fazendo? Nenhum!! Assim como não faz sentido e não tenho a mínima vontade de saber o que as outras pessoas fazem.
Por favor, não confunda tédio com melancolia (ou depressão). Acredito estar longe disso. No entanto, vou me adaptar a esse novo anoitecer. É bem provável que eu ate goste dessa fase, assim como gosto das noites em geral. 
Vou me dedicar a ler mais livros, assistir mais filmes e ouvir mais músicas. Quem sabe volte a escrever aqui nesse blog com mais assiduidade. Gosto disso!
Tenho alguns raios de sol guardados num pote. Sempre que a noite for demasiada fria e escura, tomarei um raio do pote emprestado. Olharei bem dentro do meu coração, não sei se em sinal de fraqueza, ou, quem sabe, de força, mas me volto para dentro de mim  e de alguma forma encontrarei os raios de sol que de longa data tenho deixados bem guardados no pote, no coração.
Não estou triste ou melancólico, pelo menos não no sentido depressivo ou deprimente da expressão. Apenas estou deixando o dia seguir o seu ritmo. A vida seguir o seu fluxo. O sol precisa se pôr, para que a lua possa ser observada! Estou permitindo que a lua e as estrelas ofereçam seu espetáculo. Quem sabe também elas consigam trazer sorrisos!!

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