sábado, 18 de abril de 2015

Facebook

Essa semana desativei minha conta no Facebook. Foi impressionante o número de mensagens que recebi me questionando se havia bloqueado ou excluído as pessoas.
Nunca fui de bloquear ou excluir ninguém. A rede me oferecia a ferramenta de "não seguir" e eu simplesmente não acompanhava as publicações sequer da metade dos mais de 4.700 "amigos" que eu mantinha naquela rede social.
O fato é que enjoei do Facebook. Aquelas publicações chatas sobre a rotina das pessoas não me interessavam mais. Sempre levei o face na esportiva, publicando apenas coisas idiotas e "zoações". E sempre avisava às pessoas para não levarem aquela página a sério. Sou verdadeiro aqui nesse espaço. É nesse blog que exponho verdadeiramente o que penso e o que sinto. Lá, no Facebook, era sempre um Mike palhaço e divertido. Por vezes chato, confesso que publicava ou compartilhava coisas apenas para provocar e dar margem a alguma discussão.
Fazendo um paralelo com o "falecido" Orkut, mantive três perfis e nunca desativei nenhum. Sempre que lotava, ao invés de excluir pessoas para dar espaço, acabava criando uma nova conta. Gostava do Orkut pelos seus aplicativos (Caixa da Verdade, BodyPoke, Colheita Feliz) e as incríveis comunidades, onde costumava passar as madrugadas. O Facebook, por sua vez, não despertava esse mesmo interesse. Tanto que já se passaram dois dias e não sinto saudade.
É engraçado como as redes sociais passaram a nortear a vida das pessoas. Qualquer saída, qualquer encontro, qualquer comida é motivo para uma foto ou, no mínimo, uma publicação. As relações pessoais entraram em uma virtualidade e eu estava entrando nesse jogo. Mas não quero isso para mim. Quero viver a vida real, sem a necessidade de tirar uma foto para mostrar às outras pessoas onde estou, com quem estou ou o que estou fazendo. Não interessa a elas e tampouco interessa a mim o que, onde ou com quem estão.
Por isso resolvi voltar pro blog. Se é para manter uma vida virtual, que seja aqui, onde poucas pessoas têm acesso e onde posso escrever com total liberdade. Por enquanto, mantenho Twitter e suas futilidades, Instagram e Whatsapp com a mesma cara torcida. Talvez eu reative a conta em breve, ainda não sei.
As poucas pessoas que conhecem ou têm acesso a esse blog, saibam que não bloqueei nem exlcuí ninguém. Apenas me excluí da "rede". E também não sei se isso é temporário ou definitivo. Quando desativei a conta, marquei a opção para reativar automaticamente em 7 dias, ou seja, na próxima semana, pelo menos entrarei para reavaliar a questão.
Por enquanto, mantenho minha rotina de, nas horas vagas, ouvir música, assistir filmes, escrever alguma coisa nesse blog e manter alguma conversa pelo Skype.
Por favor, entendam que não foi uma atitude radical de minha parte. Não na minha opinião. Não é pelo fato de a imensa maioria ter uma conta no Facebook que eu deva manter também. Me reservo o direito de manter meu tédio atual comigo, apenas.
Agradeço, de certa forma, a quantidade de mensagens recebidas. Significa que, no mínimo, minha ausência foi percebida. Mas, insisto, jamais excluiria ou bloquearia alguém, preferia, apenas, deixar de acompanhar as publicações.
Independente das redes sociais, meu carinho e minhas amizades, se verdadeiras, não serão desfeitas. E isso me deixa mais tranquilo. Quem sabe a gente se esbarra em alguma esquina pela vida real. Tenho certeza que seria muito mais interessante!!!

2 comentários:

Dora disse...

Também me dei o direito de estar fora do Facebook, de ir contra a maré. Decidi sair das redes sociais porque estava querendo me libertar dessa ansiedade maluca, das armadilhas que nos fazem ficar conectados horas e horas, dia após dia.

Eu gostava do Orkut, principalmente por causa das comunidades. Inclusive, achava-o mais interessante nos primórdios, quando ainda não havia essa história de compartilhamento. Nessa época, o nível de ansiedade na rede era bem menor.

Dia desses vi um vídeo de um show do Queen, com Fred Mercury. Eram milhares e milhares de pessoas acompanhando o vocalista, com palmas compassadas, repetindo a cena do vídeo-clip original. Incrível, emocionante e encantador. Senti saudades daquela época, e pensei como foi bom ter sido adolescente naqueles tempos.

Se fosse nos dias de hoje, seria metade do público batendo palmas, e a outra metade com smartphones nas mãos.

Que bom ver um blog ativo, isso tem sido meio difícil de se encontrar nos últimos tempos.

Obrigada por compartilhar seus pensamentos em algum meio que não seja o Facebook :)

Abs

Mike disse...

Poxa Dora...
Fico feliz com suas palavras e com sua visita nesse espaço!
Confesso que nos últimos anos as outras redes sociais, principalmente o Facebook ocuparam praticamente todo meu tempo livre e abandonei o blog. Tento voltar à ativa e ser mais assíduo aqui, mesmo sendo um espaço sem relevância alguma para outras pessoas. Os textos são pessoais e as minhas experiências ou devaneios não serviriam como fontes de pesquisa. Mas eu gosto de escrever aqui hehe
Obrigado mesmo pelo carinho
Abração